10.3.08

PLUTÃO, O nono planeta

por G.G. da Silva, 21 de junho 2996

Finalmente, a nave Novos Horizontes, da NASA, partiu de Cabo Canaveral. A previsão de sua chegada ao objetivo é em 2015. Plutão é o único planeta – senão houver mais outro... – do Sistema Solar ainda não visitado por uma sonda da Terra. Considerando esse feito, talvez seja oportuno comentar alguns aspectos relacionados com o nono planeta e seu satélite. Tal como muitos outros corpos celestes, seu nome tem relação com algum dos deuses da mitologia greco-romana, no caso o deus do inferno. E o nome de seu satélite, Caronte, é uma referência ao barqueiro que levava os condenados para o castigo eterno. Plutão foi descoberto em 1930, por pura sorte, segundo Rupert Lee, autor do livro The Eureka! Moment, publicado em Londres em 2002, sobre 100 descobrimentos científicos significativos, no século XX. E agora o mais interessante: um rico cidadão americano e aficionado por astronomia, Percival Lowell, construiu e equipou um observatório astronômico na cidade de Flagstaff, nos Estados Unidos, com o objetivo principal de comprovar a existência de um possível planeta em órbita mais longínqua do que a de Netuno, então o mais afastado planeta conhecido do Sistema Solar. Lowell acreditava na existência de mais um planeta por causa de supostas alterações nas órbitas de Netuno e Urano. Coube ao mais jovem dos astrônomos do observatório, Clyde Tombaugh, levar a pesquisa a cabo. Comparando pares de fotografias tiradas com poucos dias de intervalo, Tombaugh descobriu Plutão após longo, meticuloso e enfadonho trabalho. Segundo Rupert Lee, foi tudo pura sorte, pois não só os dados que Lowell usara para os cálculos eram muito imprecisos como Plutão é pequeno demais para que sua gravidade possa interferir nas órbitas de outros planetas. Terá sido coisa do capeta e de seu soturno barqueiro?


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